quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Resenha - O reino encantado


 


O reino encantado é uma história de fantasia voltada para o público juvenil a qual eu já havia falado um pouco aqui no blog. Hoje, vim trazer minha resenha da obra, ressaltando os pontos que gostei e os que não estão tão bons assim. Inicialmente, como de praxe, farei um breve resumo da história ressaltando minhas opiniões sem spoilers para, só depois, poder fazer uma análise mais profunda com spoilers.

A história segue a princesa Rebecca do reino de Paládia. Devido ao amor super protetor de seus pais, a jovem princesa, de apenas dezessete anos, raramente sai do castelo. Em um belo dia, Rebecca foge do castelo junto com seu amigo Filipe, príncipe de um reino vizinho, para passearem livremente. Nessa sua pequena aventura, a princesa encontra um misterioso livro dourado que aos poucos ira revelar-lhe segredos acerca do misterioso reino encantado, um reino que muitos acreditam ser apenas uma lenda, mas Rebecca sente que seu destino está ligado a ele.

Partindo em uma aventura no reino encantado, a jovem princesa terá que enfrentar uma poderosa bruxa enquanto descobre os segredos acerca da história daquele lugar e começa a descobrir o amor verdadeiro.

Então, a história é basicamente essa que contei, se eu falar mais, é spoiler! Agora irei conversar um pouco sobre o livro e o que mais gostei nele. Primeiramente, a protagonista. Rebecca é uma moça corajosa e até rebelde em certos momentos, sempre questionando leis ou tradições quando estas não aparentem ter sentido ou só atrapalhem e prejudiquem as pessoas. Ela é meiga também, e muito gentil, o que a torna uma protagonista carismática a qual seguimos confortavelmente por todo o livro.

Quanto aos personagens secundários, eles fazem o seu papel e conseguem ser bastante carismáticos também, eu particularmente gostei muito da rainha Lis, mãe da protagonista, e da princesa Isabella. Entretanto, é no casal principal, Rebecca e Eduard, principe do reino encantado, que a história gira em torno. O romance deles é fofo e nos ficamos torcendo para saber como as coisas irão terminar entre os dois. A leitura é fluida, conseguimos ler vários capítulos sem nos cansar. Não duvido que alguém termine esse livro em dois ou três dias.

O reino encantado tem tudo o que esperamos de uma história de contos de fadas, eu mesmo, enquanto lia, fiquei imaginando que Rebecca poderia ser muito bem uma nova princesa Disney rs. Temos princesas, magia, uma bruxa, fadas, o pacote completo! Tudo isso repleto de cenas de romance e aventura e, claro, um mistério a ser desvendado. A vilã também é muito interessante, a clássica bruxa maligna, mas que nos cativa por conseguimos entender suas motivações. Não estou dizendo que ela está certa, longe disso, mas é como dizem, o que ela passou “explica, mas não justifica” suas ações cruéis.

Bem, agora vamos finalmente falar da obra com spoilers para que eu possa ser mais especifico e relatar alguns pontos importantes em minha leitura. Primeiro, as fadas! Sim, eu amo fadas e adorei vê-las aqui. A história nos apresenta muito sobre sua mitologia, com raças de fadas, suas leis e um pouco de sua história. Elas são muito cativantes, servindo como protetoras dos humanos, mas que, nem por isso, estarão destinadas a protegê-los. As mesmas só sabem quem são seus protegidos quando estes precisam da ajuda delas. Fiquei realmente encantado com elas e adoraria saber ainda mais sobre as mesmas. A fada protetora da protagonista, Luna, serve como uma guia e até, de certo modo, mãe da mesma, algo a qual Rebecca muito necessita por estar longe de casa e com a difícil missão de salvar um reino inteiro. O desfecho das mesmas também é muito interessante, pois, graças a protagonista, uma grande mudança se opera entre as fadinas.

Agora vou falar dos pontos que não gostei na história, afinal, nem tudo são flores, não é mesmo? O livro dourado foi algo que me incomodou, pois ficou muito com o papel de um artifício para ajudar a narrativa a seguir o rumo desejado. O livro possui suas próprias regras como proibir a protagonista de falar sobre o mesmo com outras pessoas ou fornecer informações necessárias em partes, mantendo assim muito do mistério da história. Tudo isso me pareceu ser assim apenas porque era mais conveniente para o roteiro. Dando exemplos. O livro só pode ser lido pela protagonista (até ai tudo bem), mas também impede que ela fale sobre o mesmo para outras pessoas. Uma situação assim serve mais para criar um conflito com a protagonista que não pode, por não citar o livro com ninguém, falar acerca de seus problemas e assim esclarecer qualquer mal entendido. Além disso, o livro revela suas informações aos poucos, muitas vezes, dando a solução para resolver o problema do momento. Ele sempre está lá para guiar a protagonista dando-lhe um novo rumo quando a mesma não encontra uma solução para o seu problema.

Ressalto, entretanto, que isso não me incomodou tanto. Foi algo que eu não gostei, mas que não prejudica a leitura tanto assim, Outro dos pontos ao qual não curti foi em relação ao inicio do romance entre os dois protagonistas. Entendo que a história tenha todo esse ar de contos de fada, amor a primeira vista e tudo mais, porém, achei que a paixão predestinada dos dois avançou demais na relação entre eles. Tudo bem eles terem uma atração forte inicialmente e até sentirem que uma força maior os unia, mas essa força subiu uns cinco degraus na relação dos dois, avançando-a muito rapidamente. Preferia se esse impulso não fosse tão forte. Apesar disso, a química entre o casal principal é muito boa. O romance entre eles permeia boa parte da narrativa e é muito bonito ver como eles se gostam e vão lidando uns com os defeitos dos outros.

Ok, agora só tem mais um ponto que me incomodou e vai ser aqui que precisarei soltar mais spoilers, é em relação a vilã. Eu gosto dela, como já disse antes, mas a história por muito tempo nos prepara para uma pessoa extremamente poderosa, que, sozinha, subjugou um reino inteiro, assassinando até mesmo inúmeras fadas que por serem seres mágicos, com certeza são bem poderosas. Entretanto, quando a protagonista a enfrenta, a vilã não faz jus a toda essa fama. Valentina é uma bruxa poderosa, mas, logo no primeiro combate contra Rebecca, sai claramente em desvantagem. Ok, eu sei que, se a luta continuasse, provavelmente a vilã venceria, além do mais, compreendo que a proteção mágica que Rebecca possuía justificava sua vitória, mas da forma como ela deixou a luta, deu a entender que estava indo muito bem sozinha e que a vilã nem era tão perigosa assim!

Já o segundo confronto entre as duas, e meu favorito, nossa heroina, sozinha, consegue derrotá-la, e vemos que a mesma está enfraquecida e precisa fugir. Então, quando chega a hora do terceiro e último combate, eu já não sentia uma grande ameaça vindo da vilã, não apenas por Rebecca a ter derrotado duas vezes, mas porque a mesma ainda contaria, na terceira luta, com a ajuda de Eduard e de um feitiço feito especialmente para destruir a bruxa. Sinceramente, ela estava indo tão bem sozinha que achei que poderia derrotar Valentina sem ajuda algumas.

Com isso creio que conclui tudo de mais importante que tinha a falar sobre o livro. A história ainda tem uma pequena ponta solta que talvez seja explorada em uma continuação (já fiz minhas teorias rs) e encerra-se com um final feliz, com o casal principal se casando e conseguindo salvar todo o reino encantado.

Um ponto que preciso ressaltar, e muito me agradou, é que embora seja uma história sem cenas muito pesadas, a mesma consegue ser bem seria em alguns pontos, mesmo que não foque tanto neles. Falo principalmente da vilã e de suas ações. Nós sabemos que ela matou inúmeras pessoas, assassinou tanto humanos quanto fadas. A protagonista, por diversas vezes, sofre não só com as vidas perdidas, como também com as famílias das vítimas. Valentina é uma vilã realmente poderosa e que causou muito mal diferente de tantas outras por ai! A história pode não focar no sofrimento causado por ela o tempo todo, mas mostra ele bem presente na perda da irmã de Eduard e, além disso, podemos imaginar perfeitamente bem como os familiares e amigos das outras vítimas se sentem!

Uma história muito boa que recomendo! Deixo abaixo o link da mesma!


O reino encantado – Clique aqui

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Marketing para a publicação de um livro




Olá a todos, venho aqui em uma postagem fora da rotina do blog para apresentar uma pessoa que mal conheci, já estou amando! Lilian Cardoso, ela trabalha com marketing de livros a muito tempo e da muitas dicas interessantes a respeito! Já pensou como, muitas vezes, gastamos 1, 2 ou até mais anos escrevendo um livro, mas, para fazer o marketing dele "vender nosso peixe" como se diz no popular, realizamos tudo as pressas? Lilian fala de tudo isso, dando dicas muito valiosas. Selecionei um de seus vídeos, mas ela possui muitos outros, deem uma olhada no canal dela!

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Nudez mortal

 



Venho apresentar aqui mais um livro para vocês, nesse caso, o primeiro de uma série. Nudez Mortal é o primeiro livro da série "Mortal", escritor por Nora Roberts que usa o pseudonimo de J.D. Roob. É uma serie investigatica futurista muito boa, o único problema (a meu ver, para vocês pode ser uma vantagem) é que a série é extremamente longa, com mais de vinte livros. Segue abaixo a sinopse:

Estamos no ano 2058; a tecnologia governa o mundo por completo. Eve Dallas é uma detetive da Polícia de Nova York que tem que lidar com um caso que cheira a escândalo: a neta de um senador é assassinada, e a vida secreta de prostituição que a vítima levava é revelada. O caso, de alta repercussão, leva a tenente Eve Dallas aos fechados círculos da política e da sociedade de Washington.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

A atividade de escrita não precisa ser solitária

 


Em outra postagem nesse blog, falei como a atividade de escrita é uma atividade solitária. De um certo modo isso está certo, mas as coisas não precisam ser exatamente assim. Me aprofundando mais no assunto, quero falar como a atividade de escrita não precisa ser solitária, mesmo que estejamos sozinhos quando escrevemos nossos textos.

Excluindo-se os casos de textos que são escritos por mais de uma pessoa, falarei aqui de histórias escritas por um único autor, mas que não se tornam uma atividade solitária. “Mas como assim?”, vocês podem estar se perguntando, bem, vou responder-lhes agora.

Embora eu escreva meus textos sozinho, o fato de apenas falar acerca deles com outras pessoas que, como eu, também gostam de escrever e lutam para ter reconhecimento pela sua arte, seja publicando as histórias em sites de fanfics ou por editoras, já me faz sentir-me melhor. É um sentimento de união, de que todos estamos juntos no mesmo barco e que, só porque um conseguiu vencer, os outros não precisam perder. Cada um luta para ter seu sucesso e todos se ajudam mutuamente. É maravilhoso trocar informações com outros escritores e ver que as angustias e dificuldades que sentimos, são sentidas por eles também.

Todo esse ambiente de troca de informações e experiências é muito saudável. Quando algum dos meus amigos consegue publicar sua história, sinto-me feliz junto dele. Por isso, aconselho a você, escritor ou escritora, se está desanimado com sua escrita, sentindo-se cansado ou pensando em desistir, fale com outros escritores, converse com eles, peça conselhos ou apenas ouça as histórias deles. Isso com certeza ira fazer-lhe se sentir melhor e lhe dar mais energia para prosseguir com suas histórias!


quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Resenha: Santuário dos ventos



Poucos livros me encantaram com seu mundo fantástico tão peculiar como o de “Suantiário dos ventos” e irei dizer a vocês o porquê. Muitos conhecem “Game of thrones” de George R.R. Martin (sim, eu sei que o nome da série de livros é “As crônicas de gelo e fogo”, mas já cansei de chamá-la assim entre meus grupos de amigos e ser respondido com “Não conheço...” e ai precisar falar “Game of thrones” para ser entendido), entretanto, não se fala tanto assim de “Santuário dos ventos” obra desso autor em parceria com Lisa Tuttle. Uma pena, pois essa é uma obra maravilhosa.

Em primeiro lugar, “Santuário dos ventos” não possui uma trama ambiciosa aonde o destino do mundo está em jogo, como é comum em tantas outras histórias, mas isso não tira, nem de longe, a urgência das problemáticas apresentadas na história e vividas pela nossa protagonista, Maris.

Em um rápido resumo, o universo fantástico de “Santuário dos ventos” é composto por uma enorme arquipélago de ilhas, cada uma delas dominada por um senhor da terra (uma espécie de senhor feudal ou rei), o contato entre as ilhas é restrito principalmente por viagens de navio que são demoradas e muito perigosas devido as fortes tempestades. Nesse meio, os voadores, pessoas de famílias antigas possuidores de asas mecânicas, voam de uma ilha a outra, entregando mensagens, geralmente sobre política, de um dos senhores da terra para outro. São mensageiros, sua função social é de extrema importância nesse mundo o que os torna uma classe privilegiada. A história nos apresenta a função social dessa classe em especial, mas também do papel dos senhores da terra, dos curandeiros e dos músicos, nos dando uma bela imagem da divisão social e disputas de poder existentes. Aqui vai um uma informação interessante que eu só descobri por acaso no final do livro, mesmo estando evidente desde o começo. Nesse universo não existe a escrita e, exatamente por isso, os voadores são mestres na arte da memorização, conseguindo decorar fielmente longas mensagens que lhe são ditas e repassando-as para seus destinatarios.

A história gira em torno de Maris, uma moça que não é de família de voadores, mas foi adotada por uma, assim, aprendeu a voar e recebeu as asas mecânicas de seu pai de criação. É uma pessoa de sorte por isso, pois, caso não se nasça em uma família de voadores, não se poder herdar as asas, que são raras e em número limitado.

O livro é dividido em três partes, cada uma delas mostrando um momento da vida de Maris e, em cada um desses momentos, abordando temas e eventos importantes nesse universo aonde nossa protagonista tem papel decisivo.

É uma história linda, com personagens cativantes, e outros nem tanto (estou falando de Val uma-asa, esse garoto é insuportável! Porém bem construído, isso tenho que admitir!). O universo também é amplo, nos é mostrado, além das funções de cada classe social, as lendas que permeiam esse mundo, as diferenças entre regiões e outros pontos. É o tipo de livro que mesmo não explorando a fundo tudo que expõe nos faz crer que tudo ali faz sentido, mesmo que não tenha sido mostrado por muito tempo. Sentimos que existe uma infinidade de histórias maravilhosas as quais não podemos ter acesso, infelizmente!

Recomendo muitíssimo esse livro. Além de todos os pontos que já falei, ele é um livro fechadinho em si mesmo, uma história contada em um único livro. Não me entendam mal, não tenho nada contra séries de livros. Pelo contrário, amo muitas delas. Entretanto, quando começamos a ler uma série nos sentimos na obrigação de ler todos os livros dela para termos uma história completa e, sendo sincero, eu abandonei muitas de minhas series na metade! Não é que elas não permanecessem boas, mas apenas que eu não tinha mais paciência para ler aquela mesma história em… sei lá… 5, 6… 7 livros. Quem conhece a série “Mortal” da Nora Roberts deve saber do que estou falando. É composta por… nem sei quantos livros! Mais de vinte fácil, fácil! Se alguém souber, fala ai nos comentários por favor. Li até o sétimo, estava adorando, mas simplesmente cansei e resolvi partir para outra história.

É isso gente, espero que tenham gostado e, se puderem, comprem! Comprei esse livro por míseros 10 reais, um negócio maravilhoso a qual não me arrependo.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

O reino encantado




Terça é dia de indicação! Hoje trago para vocês "O reino encantado" de Ester Costa. Como sou um amante de fantasia, não poderia deixar de ler esse aqui! Já comecei a ler a história e posso afirmar que é muito boa. Entretanto, não vou falar nada agora, afinal, terça é dia de indicação, não de resenha!  Essa vira no futuro!

Deixo aqui a sinopse da história: No reino de Paládio, há um rei e uma rainha muito queridos. Sua filha, a Princesa Rebecca, é adorada por todo o reino desde que nasceu… Em seus 17 anos, Rebecca se imagina vivendo as aventuras e romance que lê nos livros. Ela não espera pelo príncipe encantado, ela sonha todas as noites com um homem apaixonado, o qual ela nunca conseguiu ver o rosto. Porém, ela sabe – de alguma forma – que ele será seu escolhido e que ela terá que ir até ele… mas como se não o conhece e nunca viu seu rosto, nem mesmo nos sonhos? Em meio a busca por sua alma gêmea, Rebecca descobre um mundo perdido, amaldiçoado por uma bruxa perversa, e descobre que seu destino não era somente encontrar quem procurava, mas também salvar a ele e seu povo. Mas como? Esse é um dos grandes mistérios desse reino que está prestes a ser desvendado.


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Pagina no Wattpad da autora: Clique aqui

sábado, 17 de outubro de 2020

Sobre a árdua atividade de escrever uma história...



 

Olá a todos. Creio que muitos, assim como eu, sempre pensaram em escrever uma história. É difícil dizer quando esse desejo começa, comigo, recordo-me que começou quando eu tinha lá pelos meus quatorze anos e gostava muito de animes. Sempre ficava imaginando como seria "meu anime de ação", criando os protagonistas, vilões, imaginando as lutas e os romances. Entretanto, tudo não passava de um sonho sem muita forma. Eu chegava a criar arcos inteiros em minha cabeça. Em duas horas deitado na cama enquanto olhava para o teto, criava uma história épica que se estenderia por muito, mas muito tempo.


Isso não era a ideia de criar um livro ainda, até porque, naquela época, eu nem cogitava em usar da escrita para expressar o que sentia. Eu nem sequer gostava de ler! Mas os anos foram se passando, eu cresci, conclui o ensino médio e, por um acaso do destino, me peguei lendo meu primeiro livro pra valer "A menina que roubava livros". Nossa! Como foi boa essa experiência! A partir dai, minha nova paixão era ir a livrarias e caças novos livros para ler. Muita coisa aconteceu desde então, mas, resumindo, comecei a ler fanfics e me perguntar se eu não podia escrevê-las também. Comecei com uma fanfic de um jogo desconhecido, msm que a protagonista do mesmo seja até bem famosa, Darkstalkers.


Ainda escrevi muitas outras fanfics até finalmente a ideia de escrever meu próprio livro surgiu em minha mente. Era algo ambicioso e assustador. Quem eu era para contar uma história para alguém? Eu nem havia feito um "curso" nem nada que me desse um "certificado" de que era bom em escrita. Tive muito medo. A ideia do roteiro dançava em minha mente, um tanto vaga é verdade, mas era o suficiente para uma boa história, e com isso em mente me encorajei para começar o trabalho.


Comecei a me dedicar a tal história, era de fantasia na Grécia antiga (e, meu deus! Depois de estudar sobre esse período na faculdade, percebi o qual errada estava minha representação da Grécia! rs). Seja como for, avancei aos poucos, um capítulo aqui, outro ali, a coisa foi andando lentamente. Eu até tinha amigos com quem poderia mostrar meus textos, mas tinha vergonha. Então, apenas segui escrevendo e torcendo para a coisa ficar boa.


Com o passar dos messes a história foi ganhando mais forma, a trama, que antes era vaga em minha mente, estava se tornando "real" quando as cenas eram escritas! Hoje, pensando a respeito, acho que, quando fazemos uma história apenas em nossa cabeça é como se a víssemos beeeeem de longe, apenas um pontinho no horizonte. Quando começamos a escrever, é como se nos aproximássemos dela e, pouco a pouco, os detalhes vão ficando mais claros. Conseguimos ver suas formas mais claramente, perceber sua textura, seus odores. É algo muito gratificante.


Por muitas vezes disse a mim mesmo "essa história está horrível, nem adianta continua vou apagar tudo e começar do zero!". Senti muita tentação em fazer isso e agradeço imensamente por não ter feito! Por pior que achasse que estivesse a história continuei com ela. Pode parecer bobagem o que vou dizer agora, mas eu sentia que seria até mesmo injusto com meus personagens que sofreram tanto simplesmente serem apagados antes de concluírem suas jornadas pessoas. Não era nem como se eles morressem, o que não tenho problema nenhum em fazer (Sim, mato muito personagem meu rsrs), mas é como se eles tivessem "parado no tempo" ou se o universo em que eles existissem tivesse simplesmente desaparecido com um estalar de dedos.


Enfim, terminei a história, fiquei muito feliz comigo. Mesmo sabendo de tantos problemas que a história tinha. Entretanto, havia um um porém, a história estava inacabada, pois havia uma continuação a ser feita. Dessa vez eu não sentia tanto medo, pois tinha a certeza que "já havia escrito uma história uma vez, posso fazer de novo!". Não vou dizer que foi fácil, nunca é, mas eu me sentia mais confiante comigo mesmo e a tal história saiu.


Atualmente, tenho esses dois "Livros" salvos aqui no meu computador. Acho-as histórias boas? Não mesmo! Se uma editora me disse-se "Lucas, publico essas suas histórias de graça" eu recusaria. Não estou satisfeito com a qualidade delas, mas, isso não muda o fato de ter um ENORME carinho pelas mesmas. Tenho um grande amor pelos personagens e pelo enredo. Muitas vezes me pego pensando em fazer um conto com um dos personagens, uma continuação canônica. Talvez um dia eu realmente faça.


De lá para cá, já escrevi muitas outras histórias. Algumas abandonei-as no meio do caminho é verdade, pois a paixão para escrevê-las se foi. Outras, entretanto, consegui terminar. Houveram ainda aquelas que comecei, cheguei em certo ponto, parei, e um ou dois anos depois, retornei para terminá-la!


Atualmente, me sinto muito mais confiante quando começo uma história, pois tenho um empenho e uma organização maior ao me dedicar a um projeto. Eu até posso demorar, mas geralmente termino a história! Mesmo assim, estou ciente de que se não fosse o meu "eu" lá de trás, que fez histórias de uma qualidade a qual hoje não considero boa, não existiria meu eu atual. Também sei que a muito ainda o que eu precise aprender. Sempre me sinto intimidado quando leio livros de escritores famosos e me pergunto se um dia irei escrever tão bem quanto eles. Ainda nem cheguei a publicar um livro!


Mas enfim, espero com esse pequeno relato ter encorajado a todos a continuarem com suas histórias. Escrever é uma tarefa árdua, e muitas vezes solitária, mas devemos continuar se é isso que desejamos! Boa sorte a todos que tentam publicar suas histórias e desejo que consigam isso e muito mais!

Resenha - O reino encantado

  O reino encantado é uma história de fantasia voltada para o público juvenil a qual eu já havia falado um pouco aqui no blog. Hoje, vim tr...